Existem três pilares para a Teoria Geral de Medicina Chinesa: Teoria do Yin-Yang; Teoria dos cinco elementos; Teoria do Qi.
A Teoria do Yin-Yang é muito antiga, e foi sistematicamente desenvolvida por diversas escolas de pensamento, que surgiram durante o período de Estados Combatentes, como a escola do Yin-Yang cujo principal pensador foi Zou Yan (350-270 a.C.). A Aplicação do Yin-Yang pela medicina, só ocorreu após esta escola. O livro “Mutações” na minha opinião muito interessante logo recomendável, mostra a representação do Yin e do Yang, das suas combinações em trigramas (cada composto é constituído por três linhas), que formam hexagramas representativos dos inúmeros fenómenos do Universo.
A Teoria dos Cinco Elementos, enquadra-se na Dinastia Zhou (1000-770 a.C.), e foi aplicada à medicina chinesa imediatamente quando surgiu e ao longo do seu desenvolvimento. A Teoria dos Cinco Elementos, teve ao longo da sua história, momentos de grande popularidade, como durante o período dos Estados Combatentes, onde foi aplicada à medicina, ao calendário, à astrologia, à musica, às ciências naturais, enfim até à politica os cinco elementos foram aplicados, e outros momentos em que a sua popularidade de facto diminuíu consideravelmente ( a partir da Dinastia de Han). No entanto desta teoria permaneceram vários princípios muito importantes da medicina chinesa, como as cinco cores patológicas da face, as cinco emoções, os cinco órgãos Yin entre muitos outros.
A terceira teoria (Teoria do QI), engloba o conceito de Qi, já explorado num artigo anterior, e que é fundamental no pensamento chinês. A variação da natureza do Qi entre substancia material e imaterial, entre concreto e força etérea , é central à visão chinesa do corpo e mente, como um todo. Um dos grandes objectivos da medicina chinesa é harmonizar o Qi.