Regulador de seguros publica testes de stress

Regulador de seguros publica testes de stress

O regulador europeu da actividade seguradora deu conta que cerca de 10% das companhias de seguros da União Europeia, num total de 221, que foram avaliadas por testes de resistência, não têm o capital suficiente para poderem enfrentar satisfatoriamente choques económicos excepcionais.

Vendo o copo pelo “lado do meio cheio”, pode-se concluir, e é esta a apreciação que a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma face aos números apresentados, que a saúde do sector segurador europeu é apreciável, e este está capaz de endereçar convenientemente quaisquer grandes choques que possam ocorrer.

O sector europeu dos seguros mantém-se globalmente robusto. Noventa por cento dos grupos avaliados continuam a acatar as exigências mínimas de capitais próprios mesmo nos cenários mais negativos, disse em conferência de imprensa o português Gabriel Bernardino, presidente do regulador.

 

Os testes de stress da actividade seguradora avaliaram 221 empresas de seguros e resseguradoras, equivalentes a 60% do total do mercado segurador nos 27 Estados-membros da União Europeia, acrescidos ainda da Islândia, Liechtenstein, Suíça e Noruega.

Ainda acresce que oito por cento (10 empresas) não cumprem os requisitos de capital mínimo num cenário de inflação, no caso hipotético da inflação levar os bancos centrais a subirem rapidamente as taxas de juro.

Os cenários incluídos na realização destes testes são completamente hipotéticos e não constituem qualquer previsão do que possa vir a acontecer nos tempos mais próximos.

Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma decidiu publicar resultados agregados para a totalidade do mercado, em vez de individualizar as instituições, tal como acontece com os testes de resistência à banca.

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