Há largo tempo que as notícias não são boas para quem tem crédito habitação, e são ainda piorem para quem o deseja contrair. Em Agosto último totalizaram-se 14 meses sucessivos com a taxa de juro do conjunto de todos os contratos de crédito habitação a subirem. A taxa de juro implícita em Agosto último, segundo o INE foi de 2.523%, o que perfaz um crescimento de 0.093 pontos percentuais quando comparada com Julho. O crescimento é mais visível se calculado o acumulado desde Agosto do ano passado (Agosto de 2010 foi o mês em que se registou a taxa mais baixa desta série) – o acumulado chega aos 0.720 pontos percentuais.
Em Agosto de 2011 registaram-se aumentos para todos os períodos considerados – contratos nos últimos 3, 6 e 12 meses. As taxas para cada um destes períodos fixaram-se respectivamente em 3.906%, 3.623% e 3.382%.
O aumento foi também generalizado às várias finalidades de financiamento: aquisição de terreno para construção de habitação, a própria construção da habitação, e a aquisição de habitação. As taxas nestas modalidades foram respectivamente de 2.355%, 2.435% e 2.541%.
O crescimento das taxas de juro também não olhou aos regimes de crédito. Estabeleceu-se nos 2.477% no regime geral e em 2.819% no regime bonificado total. Nos contratos dos regimes bonificados jovem e não jovem, as taxas de juro implícitas foram de 2.693% e 2.968%, respectivamente, devido a aumentos mensais determinados pela subida da componente suportada pelo Estado, superior à descida da taxa suportada pelos mutuários.
