É sabido que os seguros são uma realidade com que os norte-americanos convivem bem mais que nós, portugueses.
Os EUA é um mercado muito particular em termos de seguros e respetivas garantias.
No entanto, e decorrendo do Affordable Care Act, também chamado de Obamacare, algumas ondas se estão a levantar com alguns grandes empresas empregadoras norte-americanas, a transferirem os seguros de saúde dos seus empregados já aposentados, para companhias de seguros privadas.
Grandes empregadores como a General Electric (GE), a IBM, a Time Warner, a Caterpillar e a DuPont, marcam esta tendência.
A ideia será poder nas seguradoras privadas, selecionar os planos de saúde dos ex-funcionários.
Tendência que segundo os analistas poderá implicar custos acrescidos para os contribuintes norte-americanos.
A Time Warner deu ontem conta da sua intenção de transferir os seguros dos trabalhadores aposentados para uma empresa privada.
Uns dias antes tinha sido a IBM a fazer um anúncio semelhante.
A IBM, o terceiro maior empregador dos EUA, comunicou, na semana passada, que irá deslocar cerca de 110 mil dos seus reformados para o plano de saúde da Tower Watson, a maior seguradora de saúde privada norte-americana.
No ano passado, a General Electric sustentou uma redução nos benefícios pela adoção de medidas que podem implicar a transferência de ex-funcionários das seguradoras públicas.
A Caterpillar e a DuPont optaram já também por transferirem os planos dos seus trabalhadores aposentados para a seguradora Extend Health.
Lembre-se que o Affordable Care Act visou aumentar a qualidade e o acesso a seguros de saúde, reduzir a taxa de segurados, através do aumento da cobertura de seguros públicos e privados, e reduzir os custos dos cuidados de saúde de funcionários do governo e restantes cidadãos.
Dada a tendência decrescente dos benefícios dos reformados nos últimos anos e a dimensão das empresas que estão a adotar estas medidas, os recentes cortes poderão tornar-se norma.
Um estudo da Towers Watson, datado de Agosto, refere que cerca de 44% das empresas pretende deixar de administrar os planos de saúde dos seus trabalhadores reformados ao longo dos próximos dois anos, como já vimos o caso da GE.