Aspetos a ter em conta no seguro habitação

Aspetos a ter em conta no seguro habitação

aspetos a reter no seguro da casaLemos recentemente um artigo do jornal i que concluía sobre os resultados de um inquérito realizado pela Associação de Defesa do Consumidor (Deco) sobre os seguros mais comuns, e entre eles está o seguro habitação multirriscos.

Apesar de útil, o seguro multirriscos habitação é acionado poucas vezes.

O estudo confirma que o seguro da casa não é daqueles que os portugueses mais acionam.

Arriscamos mesmo dizer que não são só os portugueses.

O seguro habitação embora imensamente útil para precaver qualquer contrariedade, não prima por ser dos seguros a que temos mais que recorrer para sermos indemnizados depois de o contratar.

E ainda bem que assim é, pois nenhum de nós ganha em ter a sua casa e os seus bens estragados, mesmo contando com esse guarda-chuva da companhia de seguros que poderá colmatar os prejuízos.

Segundo o estudo apontado pelo i, não chegou a um quarto o número de inquiridos que teve necessidade de recorrer ao seguro habitação nos últimos três anos, e a maioria – 39 por cento – fê-lo na sequência de danos por água.

Entre os inquiridos que já acionaram o seguro da casa alguma vez, cerca de 40 por cento, mostraram-se insatisfeitos com as negociações associadas à avaliação dos danos.

Também a clareza do contrato (ou a ausência dela), foi criticada por 38 por cento, a duração do processo até à sua resolução mereceu o desagrado de 34 por cento e a qualidade das reparações criou descontentamento a 27 por cento dos inquiridos.

O Jornal refere ainda que segundo a associação de defesa do consumidor, uma percentagem significativa das reclamações que lhe chegam relativas ao multirriscos habitação, prende-se com a indemnização proposta pelas companhias de seguros – o que de alguma forma confirma os resultados do inquérito.

Após participarem um sinistro, a companhia de seguro envia um perito ao local para avaliar os danos e propor uma indemnização. No decurso deste processo, a maioria das pessoas entende que o valor apurado por este intermediário, pois geralmente é um profissional subcontratado a uma empresa especializada, é insuficiente para reparar os danos.

O que muitas pessoas poderão estar a esquecer é a desadequação dos capitais contratados ao valor do seu património, e neste caso as seguradoras aplicam a proporcionalidade.

Se é manifesto que o seu seguro responde por um capital que fica além do valor da casa ou bens, pois também a seguradora apenas irá indemniza-lo na exata proporção e desfasamento entre os danos e a sua responsabilidade tendo em conta o capital contratado.

Outro fator que pode estar a desvirtuar esta relação entre danos e indemnização, é a existência de franquias.

Ao escolher um seguro para a casa, tenha ele as componentes edifício e recheio, ou apenas uma delas, tenha sempre em conta o capital e as franquias.

Quanto mais elevado for o capital seguro, melhor, mas também pagará mais por isso.

Para as franquias é o oposto: quanto mais baixas ou inexistentes, melhor, pois este é o valor que lhe cabe arcar a si no caso de um sinistro.

Analise sempre diversos produtos de seguros habitação de diferentes seguradoras e opte por aquele que faz uma cobertura aceitável dos riscos mais importantes.

Para terminar, uma precisão em relação a outra das principais queixas dos inquiridos sobre seguros multirriscos: De acordo com os respondentes a este inquérito, o tempo de espera para receberem a indemnização demorou em média, 35 dias.

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