Os portugueses são entre os europeus, os mais conscientes do impacto ambiental negativo dos automóveis a diesel. Cerca de três europeus em cada quatro consideram que o impacto do diesel é mau para o ambiente. Esta convicção é, como referimos, particularmente sentida em Portugal (88%), seguindo-se Espanha (87%), Bélgica (80%) e Alemanha (78%).
Apesar de estarem conscientes do impacto negativo do diesel no ambiente, a maioria dos consumidores europeus (63%) não está pronta para pagar a compensação dos efeitos negativos.
Uma média acima da verificada pelo Observador Cetelem em Portugal (54%).
Nesta análise particular do Observador Cetelem constatamos que a gasolina não reúne uma imagem muito mais positiva que o diesel no espírito dos consumidores: 51% dos portugueses consideram que o diesel é tão nocivo como a gasolina e 27% identificam-no como sendo mais nocivo que esta.
Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem Portugal
Esta mesma análise do Observador Cetelem apresenta ainda as mulheres europeias como sendo “advogadas do diesel”. Em seis dos oito países analisados, as mulheres indicam mais firmemente a interdição da circulação das viaturas nas grandes cidades do que os homens.
[pullquote position=”right” hiden=”true”]46% dos portugueses acredita que dentro de dez anos será necessário pagar a circulação das viaturas a diesel nas grandes cidades e 39% pensam que será mesmo necessário interditar a sua circulação nestes espaços. [/pullquote]
As Francesas e as Alemãs defendem verdadeiramente a causa do diesel: 77% entre elas rejeitam a interdição do diesel, contra 69% dos homens destes dois países (8 pontos de diferença). As Portuguesas também contestam esta solução (66% + 9 pontos de diferença para com os homens) e são a percentagem mais baixa de entre os países analisados.
As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, para o Caderno Automóvel 2014, foram efetuadas em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE. Os inquéritos de campo ao consumidor foram conduzidos pela TNS Sofres, durante o mês de novembro de 2013, em oito países da Europa (Alemanha, França, Itália, Portugal, Espanha, Bélgica, Reino Unido e Turquia), com amostras representativas das populações nacionais (pelo menos 600 pessoas por país), num total de 4 830 pessoas questionadas pela Internet.
