Na atual crise económica são vários os casos de renegociação de seguros de saúde que se colocam às seguradoras de saúde, ou não, que operam em Portugal.
Os portugueses têm estado a tentar diminuir os prémios dos seus planos de saúde, conseguindo aí alguns euros para prover outras necessidades, num tempo que é reconhecidamente de “vacas magras”.
Para as seguradoras a situação é constrangedora, pelo menos é assim que estas a caraterizam.
Por um lado insistem que os seguros de saúde são ainda um negócio deficitário, por outro, sabem que tem futuro e que aos deficits de hoje se seguirão os proveitos de amanhã, ditados porventura pela posição que neste momento conseguirem deter o mercado.
Por um lado, ao libertarem os clientes de algumas coberturas estão a aumentar os seus prejuízos, por outro não querem perder o segurado para a concorrência.
Fruto desta ambivalência de sensações, registar o que dizem os responsáveis pelas seguradoras é sempre útil para antecipar o futuro e perceber até onde levará esta tendência.
Se há seguros onde não só o prémio (custo) conta, esse é o seguro de saúde.
O prémio é um fator fundamental na decisão de subscrição, no entanto, as coberturas contratadas, as percentagens de comparticipação, a existência de copagamentos, e outros fatores, são prós e contras que os clientes colocam em equação e influenciam a escolha do plano de saúde.
Dado o contexto económico e as recentes alterações nos organismos públicos, o papel do setor privado vai certamente ganhar outro destaque.
Maria Ana Martins, responsável pela Gestão de Produtos Saúde e Acidentes de Trabalho da Allianz
A Generali não registou uma subida das anulações na sua carteira de seguros de saúde. As alterações no Serviço Nacional de Saúde fomentam a procura de soluções privadas particularmente em zonas fora dos grandes centros urbanos.
Rui Meireles, diretor técnico de Saúde da Generali